Tentei viver inutilmente tentei ser em vão tentei amar embalde
Tentei pensar baldamente preso enclausurado a ficar maluco
Ainda não sei porque fui sair do Rio de Janeiro debalde tento
Voltar a mim porém já encontro-me debaixo das trevas enterrado
Em situação inferior por baixo da classificação meu ser está em
Decadência subordinadamente prostrado sob o jugo de minha
Incompetência não soube deaurar-me não soube dourar o meu
Ente interior não sei cobrir-me de ouro na hora de dearticular
Na hora de pronunciar com clareza de articular com precisão não
Sei o que é que acontece comigo fico mudo perco a razão a
Virtude abandona-me a dearticulação fica obtusa a pronúncia
Clara distinta das palavras sai com teor de mentira sem
Sabor sem realidade vago igual deambulatório pelo passeio
Vago erradio desnorteado variável fujo pela passagem
Duma galeria coberta tento esconder-me para não vaguear tento
Parar para não passear para não deambular tal um vagabundo
Nauseabundo que água nenhuma consegue mais dealvar é um
Andrajoso que sabão nenhum consegue mais dealbar anseio
Branquear meu ente aurificar meu ser aclarar minhas ideias limpar
Minhas almas dos meus milhares de pecados capitais não pretendo
Ser um deado com cargo funções ou dignidade de deão pretendo
Ser só um homem de ambições normais com designativa de
Diferentes relações como de posse de mim mesmo de modo causa
Tempo encomendar ao davará ao fundidor de ferro ao fabricante
De objetos de ferro uma alma que não sofra nem sinta tanto
Quanto a minha esta alma de dauro de variedade de zebra de
Sentimento de daucínea família de plantas umbelíferas que tem por
Tipo a cenoura assim curar o daturismo do meu ser a intoxicação
Pela datura gênero de solanáceas árvores arbustos venenosos
A daturina alcalóide das sementes da datura tento ser mais dativo
Tal tutor nomeado por juiz nem chego ao caso gramatical grego
Latino que exprime a relação de objeto indireto como o dzeta a
Sexta letra do alfabeto grego correspondente ao nosso z tenho
Mais duma dúzia de complexos mais do que o conjunto de doze
Objetos da mesma natureza porção de preconceitos quantidade
Exagerada de problemas de pouco valor de meia-tigela que faço
Dele o meu dy fatal o símbolo do disprósório de elemento de minha
Classificação periódica duzentos castigos são pouco para mim duas
Vezes cem mais de chicotadas são pouco para mim o ducentésimo cravo
Tem que ser cravado no meu coração duvidoso no meu cérebro que
Oferece dúvidas no meu espírito incerto indeciso de ânimo hesitante
Desconfiado receoso que não merece confiança pois é suspeito
Pouco seguro até comigo mesmo é arriscado o meu ente perigoso o meu
Ser indeterminado o pensamento que tento exprimir indistinto o teor
Da sentença que pretendo criar e dúbio o aspecto do ser céptico que sou
Que não crer só sabe pôr dúvidas sobre tudo desconfiar ter suspeitas
Hesitar até no andar aprendeu a não confiar a descrer a não acreditar
Não admitir não ter a certeza viver sempre não convencido da verdade
Da existência pois só acredita no não saber no ter dúvida no estar em
Dúvida sobre tudo é a doença a loucura da descrença da incredulidade
É a dificuldade em crer é o ceptismo a indecisão que faz tremer a vacilação
Que faz suar frio a barriga enfraquecer é a incerteza do que não é duro
Da moeda espanhola de prata da designação dum peixe fluvial a qualidade
Do cancro sifilítico é o rijo o firme o sólido o consistente é o que opõe resistência
Que não cede facilmente à pressão é o erecto custoso difícil árduo rigiroso enérgico
Severo implacável inexorável porém só com os fracos só com os humanos
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