E posso não saber te fazer feliz
E amolar o meu amor numa amoladeira
Ou pedra de amolar e como uma faca
Para afiar até aprender te amar e não
Serei mais o amador que te amola e o
Indivíduo que não te ama e vive
Ambulante de amolar facas e tesouras
Num instrumento amolante ou a cortar
Pedras num rebolo para tornar cortante
A língua e importunar o teu pensamento
Que carrega a ideia de me abandonar
E chatear o conhecimento que tive de
Que queres ir embora para longe e vou
Aborrecer com o chicote nas costas da
Minha ignorância e amodar ao que é
Atual e ajuntar às normas e ao molde
Moderno e modelar um protótipo
Humano e adaptar ao meio de vida e
Habituar a sofrer e acostumar a chorar
E amodável na dor e na lástima e na
Lamentação toda vez que estiver distante
De ti e não mais amolecar o teu sentimento
Tal um moleque aproveitador que quer
Acanalhar com a desgraça alheia e vou
Beber um amolecedor de sumo de lágrimas
E amolecer a dureza e deixar o coração
Mole para enternecer com a pobreza e com
O amolecimento que causa a miséria e
Passar a ter o peito amolentador com a
Bruteza e sem ação no amolentamento na
Rudeza da face e amolentar a fauce para
Abrandar a ira do olhar e o ódio do
Semblante mesmo nos dissonantes e
Reviver a poesia e ressuscitar o poema e
Buscar no soneto a metria e a rima e a
Inspiração clarividência da solução.
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