sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Não venhas encher o meu alveário, BH, 050801999; Publicado: BH, 0110902020.

Não venhas encher o meu alveário

De zumbido de colmeias e venhas

Colocar em meus lábios o favo de 

Mel que tens em tua boca e não

Faças das conchas das minhas 

Orelhas o cemitério das tuas

Lamentações e lava a minh'alma

Com alvejante ou com tudo que

Alveja o ser da gente e venhas

Alvejar a minha mente e me tornar

Alvo e bem mais alvo do que a neve

E toma o meu coração como o alvo

Do teu amor e o ninho da tua paz e

Faças uma alvenaria ou um ofício

De pedreiro na construção de tijolos

Ou pedras não trelhadas e ligadas

Com argamassa e vou ser um bom

Alveneiro e não será qualquer

Procela que derrubará o nosso

Castelo donde fluirão alveos leitos de

Rios e riachos de leite ou arroios de

Mel nos sulcos abertos na terra donde

A fertilidade e a felicidade também

Brotarão para nos alimentar com

Brotos alveolados para alveolar como

O que contém alvéolos ou pequenas

Células do favo do mel nas cavidades

Ou cavidade na qual se encaixa o 

Dentinho que vai te morder nos pequenos

Compartimentos nos quais terminam os

Bronquíolos que levam e traz o ar.

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