segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Numa amaragem de emergência; BH, 050801999; Publicado: BH, 0140902020.

Numa ramagem de emergência

Duma amerissagem abrupta não

Houve outro jeito e tive que amarar

E tive que amerissar amarelado e

Plácido num tanto amarelo e num

Pálido de livido e igual o de amarelão

Da anemia causada pelo ancilóstomo

Que dá à pele uma tonalidade duma

Opilação que faz sentir até um medo

Medo mórbido e medo súbito e

Compulsivo de pânico e que faz todo

Mundo amarelar-se ou amareler-se

Num átimo dum átomo cujo o

Amarelecimento não e o da cor do 

Ouro sem brilho num medo sem

Lógica e sem razão ou ética e que faz

O universo passar pela amarelidão do

Susto ou pela amarelidez da tez na

Palidez  contínua e com desprezo até

Pela amarelinha  no jogo infantil e a

Trepadeira silvestre da família das 

Acantáceas e do amarelo da cor do

Ouro ou do enxofre e a terceira cor do

Espectro solar e de tudo que nos mete

Medo da morte e do final do mundo ou 

Da catástrofe nuclear ou do dilúvio e

Maremoto ou terremoto e avalanche ou

Furacão e tufão ou tempestade e procela

De vendaval no ápice do inferno astral.

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