e na fenomenologia do espírito que
não
seja elegia
e só ode à alegria?
é que a
tristeza não tem fim
e a felicidade sim
e já ouvi esta frase em algum lugar por
aí
mas a estigmatização continua como se
fosse
uma maldição contínua
ou uma
marginalização
ou uma bandidagem
ou uma
vagabundagem
ou uma vadiagem
ou uma
malandragem
e não é nada de genial
ou de
colossal
ou de maravilha
e é a vida nua
e crua
e dura de batedor de rua
e de
corredor atrás de lucros para sustentar
os senhores que comandam a vida dita
moderna
e a velha morte à entrada da porta à
latrina
da retrete à sarjeta do bairro
nobre
ao gueto da periferia da metrópole
aos bairros do subúrbio
e do mundo
civilizado
ao submundo selvagem
ao bas
found do trabalho sujo
do underground
de vanguarda
ao modernismo que
de
moderno não apresenta nada
de
mentalidade iluminada
e dum dia para
outro
tudo é apagado num mata borrão
e
lamentado na esquina
ao estender a mão
e
pedir uma propina
é um réquiem
é um
resquest in pacem
ou si vis pacem
para bellum
e vade retro quo vadis
pois
não é vade mecum
e sim à merda
antes de
receber na cara
a última pazada de cal salgada
BH, 060202022; Publicado: BH, 0150102023.
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