Caiu mortinho
Coração? penso que não
Não tinha
Quem era? ninguém sabe
Um poeta menor que vivia na
Marginalidade à procura da genialidade
Coitado
Realmente era digno de pena
Ainda mais hoje em dia não é mesmo?
Querer poema desejar poesia só doido
Varrido pensar que essas coisas enchem
Barriga
Mas olhem a barriga dele
Parece bem cheia
Creio que seja de
Bebida bebia demais fígado velho já
Inchado
Chamaram o médico?
Não precisa já está morto agora
É esperar o rabecão
Onde foi
Que foi cair logo aqui
No lugar mais movimentado
Da cidade
Se o rabecão ainda
Viesse logo tiraria isso daqui
Meu Deus que horror aonde vamos parar
Agora tenho que deparar com
Esse quadro em plena segunda-feira?
Calma dona a vida é assim mesmo
É hoje a gente está vivo amanhã
Morto
Amanhã nada pode até ser
No próximo segundo
É também concordo
Chegou a polícia
O que foi?
Não sei caiu mortinho
Não tem documentos nos bolsos
Alguém o conhece?
Esse moço falou que não
Tinha coração
Conhece-o?
Sim era um indigente que vivia
A se passar por gente...
"Sim era um indigente que vivia a se passar por gente" Genial
ResponderExcluirGrato, george, seja sempre bem-vindo.
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