sábado, 30 de março de 2019

Não tenho novidades nem sou novidadeiro; BH, 0210220102011; Publicado: BH, 070202011.

Não tenho novidades nem sou novidadeiro
Ouçam as notícias que trago as boas novas
Os espelhos tudo está quebrado o tempo
O relógio a hora não tenho o moderno não 
Sou moderno o que trago é algo 
Ultrapassado é o ontem que teimou hoje é
O amanhã com gosto de passado as 
Boas eras estragadas faziam estragos 
Nas estradas as águas já rolaram 
Levaram casas abriram valas fecharam 
Vales mudaram os arredores o que era 
Novo ficou velho o que era velho ficou 
Novo com a erosão do meu coração o 
Terreno mudou só o aluvião é novo na 
Terra velha no lodo velho na lama que 
Sujaram teus pés enterraram teus 
Sonhos mas novidades não tenho não 
Sei o nome de quem morreu nem sei
Quem desapareceu mas tudo mudou
Depois que a chuva passou a barreira
Ruiu a pedra deslizou do alto do morro
A água que desceu da montanha foi em 
Forma de cachoeira de catarata cascatas 
Que aos gorgulhões tiravam da terra 
Rugidos de dor cheiros de morte mortes 
Não são novidades não são boas eras
Boas novas modernas mortes são mais
Antigas do que o antigo mortes são um
Perigo um castigo um abrigo que nos
Encontraremos no final da chuva
Quando o sol da gruta não sair mais

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