sexta-feira, 29 de março de 2019

Basta de encafurnar-me dentro de mim; BH, 0190210802002; Publicado: BH, 0110202011.

Basta de encafurnar-me dentro de mim
Não quero mais encafuar comigo sou um novo
Artilheiro que com o gol marcado acaba de
Assumir a artilharia do campeonato agora
Nada mais impede o meu entronizar nem o
Guarnecer com boas cadeiras a minha boa mesa
Aprendi a pôr em cadeira o corpo a encadeirar
A sala vivo o seriado real ligado à realidade
Concatenado com o futuro encadeado com a
Verdade peça fundamental na concatenação
Universal sigo sempre adiante na encadeação
Duma avant premiere para meter na cachola
Na cabeça da humanidade para encacholar
Em cada um individualmente a boa
Política da paz da felicidade o encacho
Da utopia a tanga que cobre a nossa vergonha
O pudor de cobrir o corpo da cintura para
Baixo como o encaixar que esconde atrás
Das nossas pálpebras a nossa eterna miséria
A desgraça da prostituição infantil da
Exploração no trabalho escravo outras
Pobrezas mais quero trepar o rochedo mais
Alto da virtude quero marinhar no mais
Bravio mar deixe-me empinar-me como
Um cabrito alçar-me morro acima quero
Encabritar-me fugir da encabrestadura da
Burguesia livrar-me da chaga nas quartelas
Das bestas causada pelo cabresto da elite
Não preciso fazer nascer cabelo na minha calvície
Nem cobrir de cabelos para que com esse
Encabelizar venha embelezar uma superfície
Que do lado de fora não tem utilidade
Nenhuma é em vão cobrir-me de cabelo novo
Nem de peruca não evoluirei ao encabelar ao
Criar cabelo cabeleira cabeladura encabeladura
Demais vaidades de encabelado orgulhoso quero
Só colocar cabo na minha foice enxada assim
Encabar todo meu instrumento de sobrevivência no
Encabadouro do universo na abertura em que entra
O cabo de qualquer instrumento de metal útil do
Encabadoiro encastelado sobreposto acastelado
Tal diz-se do casco dos solípedes que se contrai
Ao desaparecer a obliquidade da pata
Condados não sei quando estas letras me transformarão
Num almofadinha tenho sonhos de elegante
De janota de tornar-me um acarquilho ao
Encarquilhar um sonho sem pesadelos sinto
Frio por falta dum encasacamento não posso
Encarvoejar minhas retinas nem encarvoar as
Íris dos olhos ou escurecer as pupilas denegrir
Ou sujar com carvão o branco do globo ocular
Sujar-me com carvão porém sem converter-me em
Carvão sou encarregado de encartadeira das
Fábricas de fiação na qual entra a urdidura
Para se juntar a dois fios entrar nos torcedores
Também tenho sobre mim qualquer encargo de
Encartação tal aquele que está incumbido
De qualquer serviço ou negócio mesmo de
Encartamento encarrilhado de carro de boi
Seguido na estrada ininterrupto posto
Ou feto em série de embebedar-se ou de
Meter-se em encarraspana em encarraspanar-se
Nas orgias de Baco até encarrascar-se com
Vinho carrascão embriagar-se para encarrapitar-se
Encher-se de carrapichos pelas moitas ainda
Que ao encarrapichar um coito não vá encarrancar nem
Tornar carrancudo torvo ao pedir bis
Não vá toldar-se ou anuviar-se ou zangar-se se
Pedir um biscoito aproveita o tempo vem
Aí sem pressa para ti deixar velho com o seu
Esqueleto ressequido corpo rugoso rosto enrugado
Não corra para ficar encarquilhado tenha a
Calma a presença do encarpo com sua grinalda
Arquitetônica que contém folhas flores frutos
Para que fazer por onde que alguém venha te
Encarochar por mitra de papel como se 
Fosses um condenado no meio dos condenados?
Tudo é vaidade de encarniçamento tudo termina
Em pertinácia só fúria pura animosidade
Clara teimosia desejo prazer na crueldade do
Poder encarneirar só se for como o tranquilo
Encrespar do mar em pequenas ondas espumosas
Semelhante a um rebanho de carneiros

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