Nada tenho de mistério minha vida é uma poesia urbana
Banal nada tenho de oculto sou um poema normal
Piegas simplório uns quereis-me com uma
Escrita lacônica outros com as palavras
Concisas outros ainda quereis-me o
Mais sucinto possível mas não sabeis que
Cônscio me quero mudo me quedo calado
Sem língua sem opinião me quero acéfalo
Sem pensamentos sentidos sentimentos
Nada tenho de especial só a minh'alma
Penada meu espírito incompleto minha
Irmã siamesa que habita meu cômodo
Mais distante que é um incômodo
Mais para outrem do que para mim nada
Tenho de vida sou esta elegia um
Cântico aos mortos não faço odes aos
Vivos é impossível perceber vivos no meio
Dos vivos todos cheirais a mofo nos
Esqueletos fossilizados há milênios
Não sei porque mas todos preferis ser
Antigos rupestres medievais artigos feudais
Procuro que há de mais moderno não encontro
As máquinas são obsoletas as tecnologias
Ainda engatinham a mente ainda
Vive na brutalidade da idade da pedra
Fiqueis tranquilos não quero dizer nada
Nem vou falar nada façais de conta
Que não estive aqui não discursei
Não colecionei letras para não aborrecer-vos
Para não cansar-vos em vossos esquifes
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