domingo, 10 de março de 2019

Realmente não sou de impressionar; BH, 0150802001; Publicado: BH, 02201202010.

Realmente não sou de impressionar
Nem sei impressionar a quem
Quer que seja escrevo falo
Muitas asneiras logo aborreço
A meus interlocutores especialmente
Às mulheres decepciono todas 
É algo que está comigo não
Consigo ultrapassar sem deixar
De ser ultrapassado duro é ter
Éter no ser eterno não ter ser
É ter éter e não ter eterno no ser
O concreto não é mais o armado
É o já pulverizado dos bilhões
De seres da raça que se compacta
De concreto só tem o nada
O caos a herança estúpida
O clone da mediocridade a
Cópia do ridículo do nó cego
Que amarra no retrocesso na
Maldição do que não é moderno
É o complexo extremo do mórbido
O pânico da depressão que faz correr
Ao penico recorrer à masturbação
O medo leva à onanização
Os pássaros já se recolhem aos
Ninhos ou aos galhos das árvores
As folhas estão cobertas de poeira
De resíduos das fumaças dos carros
Já não chove como antigamente
As pessoas passam sem serem notadas
Têm medo agarram-se à covardia
Ruminam a omissão a indiferença
Digerem só o vômito expelem a comida

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