segunda-feira, 24 de junho de 2013

Que transborde em mim a doutrina; BH, 020102001; Publicado: BH, 0240602013.

Que transborde em mim a doutrina 
da Essência das coisas, e que nunca me falte o conhecimento
Das causas primeiras, e dos primeiros princípios; atropele-me
O inventário sistemático dos conhecimentos provenientes
Da razão pura; e que eu seja um phd na teoria das
Ideias, e que obtenha sutileza, e transcendência no
Discorrer da minha vida; absorva-me a metafísica,
Para que o verbo possa sutilizar-me, tornar-me metafísico,
Transcendente, e nebuloso ao metafisicar-me, e aplicar-me
A um estilo poético, contemplativo, e caracterizado pela
Adjetivação espirituosa, filosoficamente profunda; e
Volto ao século XVIII, para que eu seja versado na poesia
Inglesa, na dialética, na arte de raciocinar com lógica,
De argumentar, e discutir com juízo; um ser dialético, e bom
Argumentador, até na parte da filosofia que estuda os
Deveres do homem para com Deus, e a sociedade, na
Deontologia, a ciência da moral, dos costumes da ética; e
Pagão se for, porém ético, sem perder a faculdade
Própria de homem, de se conhecer pelo espírito, a distinção
Das ideias, e das coisas; e fazer bom uso das faculdades intelectuais,
Ter juízo, e domínio sobre ele; bom senso, noção do direito,
Da justiça, da alegação, do argumento, da prova, da causa,
E do motivo; que eu alimente-me da razão, da
Conta de relação matemática, e seja correto, e sério como
Um livro de escrituração comercial de empresa íntegra;
Ai meu Deus, se eu evoluísse a tanto, com segurança, e
Esperança, com amor de sangue derramado, com parte
De sangue que coagula, com elemento corante de sangue,
Com riqueza de grupiara, de lavra, de garimpo, de
Diamantes; ai meu Deus, quem me dera atingir a elevação, como
Um garimpeiro atinge um veio na crupiara, e como o crúmen,
Da glândula suborbital de certos ruminantes, cuja secreção
É odorífera, não é um crume de bílis, de suco gástrico
De humano comum; quero cruentar a filosofia, ensanguentar
Sem violência, só com a cruentação espiritual, como uma
Levitação de pássaro crucirrostro, que tem o bico cruzado, mas
Que tem suporte crucífero, e traz a cruz na frente, não para
Representar o sofrimento, mas sim para afastar aqueles que
Temem qualquer imagem cruciforme, e que só quer só
Crucificar o errado; e fazer o crucificamento do medo, ser o
Crucificador da covardia, e o que crucifica a injustiça;
É o crucífero que liberta a alegria, que liberta o prazer
Do cruciferário, aquele que é feliz por levar a cruz nas costas, nas
Procissões; o cruciário da verdade, pois sabemos que a tal
Da mentira nos traz cruciação, e mentir é cruciamento, e
Sofrimento eterno, é crime hediondo, mortificação da alma, e
Provação árdua para o espírito; o homem devia ser natural
Como uma crucífera, espécime das Crucíferas, família de plantas
Cujas flores têm as pétalas dispostas em cruz; a couve, mostarda,
São assim, crucíferas cruci, do latim "crux", "crucio", de sofrimento físico,
Ou moral; dos deveres da conclusão que se tira duma
Obra, dum fato, do conjunto das nossas faculdades morais, e
O que há de moralidade em qualquer coisa, relativa aos
Bons costumes, ao domínio espiritual, e ser de oposição àquilo
Tudo que é físico, e natural; desprezar o que não for, e
Não tiver moralidade, não tiver qualidade de reflexão, de
Conceito, ou de intuito, tais certas fábulas, ou narrativas do
Sistema que trata exclusivamente do moralismo, e jamais
Ser falso moralista, seja a pessoa que escreve, e que preconiza
Preceitos de moralização; seja até moralizador, o que moraliza,
Que constitui, que encerra ações sãs, que dá bons, e sábios
Exemplos, que aconselha para tornar conforme a infundir,
E corrigir o comportamento, o pensamento sem reflexões, e
Que morre sem aprender a moralizar; porém, falso, jamais,
Tenha até o cróton, o mome de várias euforbiáceas de
Folhas ornamentais, tenha o crotão, porém, o nome de
Falsidade o desequilibra, o nome de falso o arruína,
Mata-o antes da raiz; tanto o crotalóide, quanto o crotalídeo,
Semelhantes aos Crotalídeos, espécime de família de serpentes,
Que tem por tipo, a pior cascavel, fogem do falso, do
Irreal, do que não é verdadeiro, tem medo da
Realidade; e só a cróssima, a peça de ferro, de aço,
De forma triangular, colocada nos desvios das vias
Férreas, nos pontos que que os trilhos se interceptam;
O jacaré, a chave, são os que podem esfacelar caixa
Craniana tão croqui, de esboço tão rudimentar, arcaico,
Fora do alcance do cronoscópio do cronônimo, fora do
Calendário das eras históricas, e da designação de várias
Palavras que indicam época; Maio, Hégira, Quinhentos,
O século XVI, o cronologista sabe disso;  agora, o mentiroso,
Não, nem o tempo está do lado dele: só a fogueira da
Inquisição, e o fogo do inferno, são os que o esperam de
Gargantas abertas, escancaradas, aptas a engolirem-no; e
O noticialista de imprensa, o localista croniqueiro, terá todo
O prazer de num crônicon, volumosa crônica medieval, num
Cronicão de antigos livros genealógicos, narrar o fim da
Cronicidade; da qualidade das doenças crônicas trazidas
Com a mentira; e preciso só da cronaxia do tempo necessário
Para a excitação dum elemento nervoso, que uma corrente
De intensidade duas vezes maior que a inicial, a reóbase
Necessita para a excitação de nervo, ou músculo, quando o
Estímulo é prolongado indefinidamente; e partícula, ou grânulo
De que é constituída a cromatina no cromômero cromolitográfico,
Da litografia feita a cores; a cromolitografia, de utilidade de
Aparelho com que se mede a riqueza do sangue em hemoglobina,
E glóbulos vermelhos; o útil cromocitômetro, do crômato, de
Estado dum corpo em que há diferentes cores, conjunto de
Vários arcos-íris na policromia das retinas, e na imitação da
Pintura a óleo por policromia, a isocromia da litografia, da
Cromocitometria do crômixo, do anino bivalente CrO, do CrO3,
Ácido hipótetico, e dos derivados do cromo trivalente; e da
Cromatografia, processo moderno de identificação analítica,
Pela escala cromática, baseado na absorção seletiva dos
Constituintes dum corpo cromatóforo, a célula
Pigmentada nos animais que mudam de cor devido ao que
Exprime ideia de colorido, e do cromato designação genérica dos
Sais que encerram o anion bivalente CrO derivado do ácido
Crônico: sinto-me crivado por todas as palavras, furado em
Muitas partes, por todas as letras, atravessado por todas as
Frases que não dizem nada, cravejado por todos os pensamentos
Que usam a critomancia, a advinhação por meio da cevada,
Que não leva a nada; só à manducação, à critofagia, o ato de se
Nutrir crito do grego krithé, pois sei que a critiquice irá matar-me,
A crítica sem fundamento, depreciativa, é a pior, mas penso
Que alguém tem que ousar, enfrentar o critiqueiro, não ter medo
Do criticastro, o crítico sem valor; alguém tem que passar por
Criticista, e mostrar a criteriologia, a parte da Lógica, que estuda
Os critérios da verdade pura, sem cristalomancia, sem suportar a
Advinhação, por meio dum pedaço de gelo, ou dum cristal;
Ou vasos, e espelhos de icebergs; e boa pintura a óleo no túmulo, é.(1)

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