sábado, 15 de junho de 2013

Luis Nassif, Fernando Pessoa, Socégo enfim.


Meu coração deserto
Nada espera da inútil caravana.
Pouco a pouco meu spirito se irmana
Com ter perdido o próprio sonho incerto.
É sempre além de mim o indescoberto porto ao luar
Com que se o sonho engana.
De imperceptível se descobre,
Plana parece a vida a este desacerto.

Estagno a lagos de algas por achar,
Sinto vazio o barco das amadas.
A noite despe não haver o luar

E como um filtro de horas encantadas,
Tremem os rios, gelam as estradas,
No absurdo vácuo d´eu não ter que amar.

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