O
homem de terno branco seguia pela Avenida Rio Branco
tão
apressadamente como se fosse em busca do
nada
ao
tempo em que dizia ao telefone:
“agora
não posso,
estou
numa reunião na Barra da Tijuca!”
O
homem de sunga, deitado na areia de Ipanema,
tomava
languidamente sol na cara
tal
um calango que observasse ninguém,
ao
tempo em que dizia ao telefone:
“agora,
não posso,
estou
numa missa de sétimo dia!”
O
homem vazio seguia seu obtuso pensamento
tão
concentradamente tal o leitor de Ulisses
ao
tempo em que dizia ao telefone:
“estou
sempre disponível,
por
que não ligou antes?”
O
homem de terno na Avenida Rio Branco
O
homem de sunga na areia de Ipanema
O
homem vazio...
“Oh!
brave new world!”
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