"Parece um sonho que ela tenha morrido!"
Diziam todos... Sua viva imagem
Tinha carne!... E ouvia-se, na aragem,
Passar o frêmito do seu vestido...
E era como se ela houvesse partido
E logo fosse regressar da viagem...
- Até que em nosso coração dorido
A Dor cravava o seu punhal selvagem!
Mas tua imagem, nosso amor, é agora
Menos dos olhos, mais do coração.
Nossa saudade te sorri: não chora...
Mais perto estás de Deus, como um anjo querido.
E ao relembrar-te a gente diz, então:
"Parece um sonho que ela tenha vivido!"
1953
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