Este salmo vai para o deus desconhecido
Pois o Deus conhecido já sabemos tudo
Dele sabe tudo de nós o deus desconhecido
Nem temos consciência de que seja deus se
Está vivo ou se está morto mas este salmo
É para o deus desconhecido para todos
Aqueles esqueletos caveiras enterrados antes
Da pré-história esquecidos que só são
Incomodados quando algum arqueólogo os
Desenterram para as nossas luzes ou trevas
Nietzsche já fez uma oração ao deus
Desconhecido o Saramago fez outra aos
Deuses sem fieis faço este salmo ao deus
Desconhecido mas sem muita ênfase sem
Muita questão de querer conhecê-lo como
Penso que também não se move para ser
Conhecido prefere ficar lá no seu escombro
No manto a espiar pelo seu retrovisor para
Ver se enxerga alguma sombra na escuridão
Pois apesar de ser dia com o sol quente é
Penumbra a habitação predileta o latejar
Vegetativo a única luz que o alimenta são
Os spots os reflexos dos flashes as luzes dos
Holofotes dos faróis que cegam mais do que
Iluminam são nestas parcas palavras este
Salmo nestas pobres profanas letras para
Esse deus pobre sem céu sem inferno sem
Vida sem morte este salmo para esse deus
Desconhecido que não nos absolve também
Não nos condena não nos pede penitência
Sacrifícios derramamento de sangue dízimos
Ofertas cultos orações louvores nada não nos
Pede absolutamente nada nem alma nem
Espírito só o silêncio das nossas vozes os
Vazios das nossas cabeças o endurecimento de
Nossos corações o embotamento de nossos
Sentidos sentimentos hipócritas Israel mata
Palestinos balança a cabeça de Leviatã
Diante do Muro das Lamentações amém
Magnífico! Nietzsche está orgulhoso pois, por certo, leu e rezou em teu salmo. Sim. Estou contigo nessa prece, poeta. Sigo contigo até onde o infinito não coloque cercas, muros, obstáculos à passagem do meu ser.
ResponderExcluirSigo em prece, solene, como convém ao leitor de poema tamanho.
"... Não nos condena; não nos pede penitência,
Sacrifícios, derramamento de sangue, dízimos,
Ofertas, cultos, orações, louvores, nada, não
Nos pede absolutamente nada: nem alma e nem
Espírito; só o silêncio das nossas vozes, os
Vazios das nossas cabeças e o endurecimento de
Nossos corações, e o embotamento de nossos
Sentidos e sentimentos hipócritas: Israel mata
Palestinos e balança a cabeça de Leviatã,
Diante do Muro das Lamentações, amém."
|Sou grata por sua inspiração.
Eu que sou grato às tuas belas palavras, um forte abraço!
Excluir