terça-feira, 26 de abril de 2011

Victor Hugo, A Festa de Teresa; BH, 0260402011.

...Veio a noite, o silêncio;
As tochas se apagaram;
Na escuridão do bosque as fontes se queixaram;
Na treva, o rouxinol, em seu ninho abrigado,
Cantou como um poeta e como um namorado.
Cada um se dispersou sob as ramas frondosas,
As loucas a sorrir, puxando as cautelosas;
E vão, em direção das sombras, os amantes;
Como num sonho, se pertubam, hesitantes,
Aos poucos percebendo interferir na mente,
Na conversa furtiva, em cada olhar ardente,
Nos sentidos, no peito e na mole razão,
O luar azul que iluminava a imensidão.

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