O tesouro maior é um santuário
De palavras, de letras de sons e
Baús de ecos de ressonâncias do
Silêncio; saímos para fora, um
Dia na reverberação, e não entramos
Mais, e saímos de cena, vamos para
Outro cenário, e o que ficará
Aqui, é esse santuário, esse
Cenáculo, que o século não
Destruirá, e talvez, nem o
Milênio; nesse senáculo, o homem
Absurdo, quer a absurdidade, o
Desassossego, a eternidade irriquieta
Inquietante e nunca descansar em paz;
Paz até que sim, mas descansar
Jamais; o tesouro não é esse
Descanso, não é essa posteridade
De morto, de cadáver que sonha
Em ir para o céu, e sim o eterno
Arrepiar do infinito; revolver
Do universo e contestar, e
Conquistar e desviar as rotas
E as órbitas dos astros mais brilhantes;
A vida pode ser um sopro valioso,
Mas o tesouro é maior do que a vida,
O baú cabe a vida dentro, e
Fica e se mantém, onde nada
Se mantém; e ali os pensamentos
Estão firmes, imantados, magnetizados,
Inoxidáveis, depurados de aço
Puro, de ouro maciço, de diamante
Raro, de platina extraterrestre,
De metais sobrenaturais e de
Partículas que o acelerador não
Consegue partir, e nem a fusão
Nuclear consegue destruir; é essa
Riqueza aí, o tesouro maior
Nesse santuário.
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