quarta-feira, 13 de abril de 2011

Stéphane Mallarmé, Brinde; BH, 0130402011.

Nada, esta espuma, virgem verso
Tão-só a taça nomeando;
Como além sereias em bando
Se afogam muitas no inverno.

Navegamos, ó meus fraternos
Amigos, eu já estando atrás,
Na altiva proa vós cortais
Fluxos de raios e de invernos.

Pela ebriez eu sou levado
Sem recear o seu gingado
A erguer de pé a saudação

A toda coisa que revela,
Recife, estrela, solidão,
A inquietação da branca vela.

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