Aparo em minhas mãos o desabamento do mundo
E aparo em meus braços o despencar do universo
E sei que é preciso aparar o joio do trigo e o
Mal do bem e fazer com precisão o apartamento
Da vida e da morte e apartar as brigas étnicas
E fazer do mundo uma habitação moderna e
Fazer do universo a antiga morada de prédios
Coletivos condenados o campo é tão belo e o
Campo é tão florido e lá o céu é tão estrelado
Porque essa parte independente? porque essa
Residência deslocada da natureza? ponha-se
De parte desse meio e venha separar do moderno
Afastar-se da última moda e desviar desses
Caminhos que não levam a lugar algum ou
Levam sempre ao lugar comum e faça um
Aparte em tua vida e a frase com a qual
Interrompes o discurso ou a exposição do
Orador que quer confinar-te num caixão ou
Dentro duma sepultura e resista e viva à
Superfície da terra e debaixo do céu e à luz
Do sol e à luz das estrelas e à luz da lua e
Debaixo das árvores e pises a relva e o capim e a
Grama e o mato do jardim e tomes banho
No rio de marfim que desce da montanha.
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