Pôr diante dos olhos
O mal do mundo
Representar na imaginação
O fim de todo sofrimento
Desejar enxergar além das trevas
Apetecer a alimentação espiritual
Oferecer-se como doador
De todos os órgãos vitais
Morrer para deixar viver
Antojar de mulher grávida
Desejo caprichoso de ser feliz
Extravagante vontade de fazer o bem
E tudo que acomete
A fazer alguém feliz
O antojo da paz
Nojo da guerra
Entejo da miséria
Antolhar o espelho e perguntar
Onde se escondem as respostas
E as soluções e os resultados
Os antolhos que protegem nossas vistas
Pele ou vidros escuros para
Resguardar os olhos da luz
Peças geralmente de couro
Que se colocam lateralmente
Aos olhos do animal
A obrigá-lo a olhar para a frente
Um dia mostro ao mundo
Ponho em evidência
Se interessar ao universo
Aos meus semelhantes
E aos meus dessemelhantes
Primatas e clones e antropoides
O meu estudo das flores na antologia
E a coletânea de escritos literários e
Se se pode chamar de escritos e
Se se pode chamar de literários e
Se se pode chamar.
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