E existo só para levar pelo orifício do reto
A reta da vida e de tanto azar até parece
Que nasci pelo ânus e não nasci com o cu
Virado para a lua por não ter nenhum tipo
De sorte e ventura e por não saber nada
E nenhum ofício ou profissão só sei me
Anuviar e me nublar e tornar o meu
Semblante carregado e a face interna da
Moeda que sou e na medalha na qual fui
Cunhado e no emblema ou na efígie
Devoradora de homens revela um sepulcro
De caveiras e esqueletos sem alma e mentes
Sem espíritos e no meu anverso na parte
Mais anterior do interior de qualquer objeto
Denominado e no que tenho as minhas
Mais de duas faces opostas expostas e nem
Com anzol ou no pequeno gancho onde se
Coloca a isca consigo pegar os vermes ou
Consigo pegar os seres que habitam o meu
Mar de lama e não tenho astúcia para
Sobreviver e estratagema para amar e ardil
Para combinar com a combinação do artigo
Com a preposição e com o pronome
Demonstrativo não tenho o simples convívio
Da convivência de duas letras como uma só e
Aonde vou parar? para onde vou? a que
Lugar vou chegar? se sou só um lugar comum.
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