quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Abonançado sou; BH, 02801001999; Publicado: BH, 0120102012.

Abonançado sou,
E o que abonança,
E o que acalma;
Tranquilizador sou,
Abonativo ao bem,
Abonador ao amor,
À paz abonativa;
Calmo e sereno,
Não dou ouvidos,
Ao abonaxi da burguesia,
Da elite carnívora,
A ave escolopácida, cuja voz,
Imita o latido dos cães;
E a minha caravana passa,
Num mar de tranquilidade,
Enquanto latem;
É deixar aboncar o mal,
Mudar o fruto envenenado,
E dar uma abonda,
Dar um basta, um bonda,
À mentira que alimenta,
As veias da sociedade cruel;
Onde impera a abondança da ilusão,
A abundância da falsidade,
Grandes abondanças irreais,
Grandes festins macabros,
Que não podem abondar de mim,
Se aproximar-me, contamina-me,
Se chegar a mim, me extermina;
Se abundar, transborda de imundícies,
Transborda toda a sujeira,
Crime e vergonha.

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