quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Nunca vou descobrir; RJ, 0190601995; BH, 0110102012.

Nunca vou descobrir,
O caminho certo sobre as ondas;
Nunca serei,
Um grande descobridor;
Vou viver martirizado,
Sem a saída adequada,
Que me tire do nada,
E me leve a algum lugar;
Nunca vou transpor o muro,
A rede de aço,
Que fecha a saída,
Do navio do porto;
Nunca vou furar o bloqueio,
Da parede de chumbo,
Que se formou em volta
De toda a minha existência;
Meu limite me mata,
Minha capacidade me extermina
E chego até a pensar,
Que a minha incompetência
É o meu pão
De cada dia;
E isso me machuca,
Dói-me por dentro
E me lança por terra;
Pois nunca vou descobrir,
Uma terra fértil para
Lançar a minha semente,
Plantar minhas árvores
E colher meus frutos:
Só a fogueira da fornalha ardente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário