sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Às vezes penso na morte; RJ, 070901993; Publicado: BH, 060102012.

Às vezes penso na morte,
E vejo a morte de perto,
E sinto a morte ao meu redor,
E me conformo tranquilamente;
Se grandes personagens da humanidade,
Grande benfeitores, inventores
E descobridores morreram,
Como é que,
Um ser vil e inútil,
Vazio e sem valor,
Não vou morrer?
Se escrever os nomes
De todos os grandes homens,
Que morreram pela humanidade,
O alfabeto seria pequeno;
Teria que inventar,
Outro alfabeto;
É por isso que,
Quero estar consciente,
Quando a morte vier;
Quero estar vivo,
Sem medo e sem pânico;
Talvez assim um dia,
Terei algum valor;
Porque o que não presta,
O que é miserável,
Pobre de espírito,
Sem valor algum,
Tem mais é que ser morto,
E ser lançado ao fogo,
Como dizia minha mãe, e
Queimar até virar cinzas
E as cinzas serem espalhadas,
Pela superfície da terra,
Para que nunca possa ser reconstituído.

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