Dói-me,
Como me dói,
Esta barragem que trago
Dentro de mim;
Não há explicação,
Não há lógica,
Porque é que tem
Que ser assim;
Não pode ser normal,
Só pode ser doença;
Não sentir falta,
Não sentir necessidade,
Não sentir fome,
Igual a todo homem;
Acabou o apetite,
E como me dói,
Este vazio que sinto,
Esta falta de estímulo;
Preciso botar fogo no pavio,
Dinamitar esta barragem,
Mandar pelos ares,
Esta falta de iniciativa;
Será que realmente,
Só depende de mim?
E porque é que,
Não encontro a resposta?
Não aguento mais,
Esta dor maldita,
Que me mata aos poucos.
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