quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Peguei na encruzilhada da quebrada; BH, 02901001999; Publicado,: BH, 0120102012.

Peguei na encruzilhada da quebrada
Do mar, um navio aborquelado, que
Navegava às escuras, num oceano
Abroquelado; era um navio fantasma,
Que estava fundeado, num porto
Assombrado; até que veio a lua a
Aborquelar a noite que prescindia de
Abroquelar as estrelas, que também
Vinham a rasgar o manto aborrascado,
Com jeito tempestuoso, o véu negro
Com aspecto de borrasca, a causar
Aborrecimento até aos olhos sem
Retinas da noite das duas geleiras;
Quando aços brancos seculares à
Sua fronte se eleva aborregado, a      
Apresentar saliências lisas e arredondadas,
À tona das ondas de lágrimas; joguei
Âncoras eternas, que nunca chegavam ao
Fim, ao fundo do mar escuro, do oceano
Tenebroso que se escondia dentro de mim;
Homem ao mar; gritaram todos; mar ao
Homem, gritei, navio a pique no oceano;
Homem a pique, joguem cordas, pedras,
Boias e botes; redes de aço não adiantam
Mais; tem uma tonelada, acorrentada no
Cangote.

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