Duro é viver numa sociedade,
Onde a agonia abonde, e
O lucro excessivo não é o bastante,
E é só o querer mais; e
O consumo é abundantemente,
Abondo e desenfreado;
É duro permanecer num meio,
Onde o ódio é abondoso,
O rancor abundante,
E não se ouve nenhum murmurar de amor;
Ou um aboquejar de felicidade,
Um abocanhar de alegria,
Um aboquejo dum sorriso;
O bem é aboral,
Afastado da boca,
Ninguém fala sobre o bem,
É oposto ao ponto em que está;
É duro ver aborbitar o mal,
Exorbitar a morte,
A destruição e a doença, e
O sofrimento que não tem fim;
A festa no coração acabou e
É cada um a querer a
Infelicidade doutro;
Ninguém mais se preocupa
Em se aproximar do próximo,
Fazer o próximo mais próximo
E amá-lo como a si mesmo;
É duro saber que hoje,
Não existe nem mais respeito,
Quanto mais amor.
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