sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Caem as sombras sobre mim; RJ, 080701990; Publicado: BH, 060102012.

Caem as sombras sobre mim,
Nesta tarde calma e triste;
Cai o véu da noite,
Sobre o céu de estrelas;
Cai o pano de fundo,
Sobre o palco vazio,
A esconder o defunto;
Cai a noite,
O sono vem,
E é um sono de morte,
Que traz um sonho,
Que é um pesadelo,
Onde ninguém,
Acorda jamais;
Cai sobre meus ombros,
A responsabilidade do mundo;
E tenho que zelar,
Por esta humanidade perdida;
Tirar da cabeça dessa burguesia
Sórdida e cruel,
Essas ideias podres,
Que evitam a evolução,
Que evitam o alcance
Do verdadeiro caminho
Da libertação;
Caem as sombras sobre o espaço,
Nesta noite sem luar;
Um corpo jaz acorrentado,
No meio da rua;
É o corpo dum resistente,
Dum guerrilheiro libertário,
Dum idealista livre,
Que o tanque agora,
Acabou de passar sobre ele,
A esmagar-lhe o crânio:
A libertar-lhe o espírito,
A libertar-lhe a alma.

Nenhum comentário:

Postar um comentário