segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Manuel Bandeira, Oceano; BH, 0230102012.

Olho a praia. A treva é densa.
Ulula o mar, que não vejo,
Naquela voz sem consolo,
Naquela tristeza imensa
Que há na voz do meu desejo.

E nesse tom sem consolo
Ouço a voz do meu destino;
Má sina que desconheço,
Vem vindo desde eu menino,
Cresce quanto em anos cresço.

 - Voz de oceano que não vejo
Da praia do meu desejo...      

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