Lampião
Era seu apelido
E seu nome
Virgulino
Meteu medo no mato
Assombrou a criação
Espalhou terror
Pelo mundo do sertão
A matar ou a pôr a correr
Quem se metesse
Em seu caminho
A dar tiro de misericórdia
Para não deixar sofrer
A rezar a Jesus
A Maria e a José
E matar os homens
E a deixar as mulheres
E aparece Maria Bonita
Para fazer o seu café
Beijar a sua boca
Apagar a sua dor
Acariciar o seu corpo
E a entregar ao seu amor
Seu nome
Virgulino
Apelido
Lampião
Cabra macho para valer
Perigoso igual cobra
Dava tiro para ver a queda
Abria a barriga
Para ver o que tinha dentro
Respeitado pelos pobres
Temido pelas polícias
Lampião levava malícias
Para todo lugar com as suas milícias
Padre Cícero seu padrinho
Que lhe dava as bençãos
E chorou de amargura
Quando um dia lá no mato
Num ato de traição
E a opôr a maior resistência
Morre o bravo Lampião.
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