Prefiro morrer na cadeira elétrica
E prefiro morrer na forca
Ou na guilhotina
Do que ter o teu amor
Que parecia de menina
E era de cobra cascavel
E amargava e ardia
Mais do que Maquiavel
E igual pimenta malagueta
E dava medo de chegar perto de ti
E parecia mato bravo
Espinheiro e cansanção e urtiga
Que nasciam lá na serra
E prefiro morrer decapitado
E ter meu corpo dilacerado
Do que ser acariciado por ti
E em tuas veias não corre sangue
E em tuas mãos não têm carícias
E quase me matas
Com teu bafio de morte
E de beijo ardido
E guardes para ti tudo que tens
E não dar para compreender o que fizeste
E prefiro ser fuzilado
Do que passar novamente
Pelo que já passei
Agora podes chorar
Agora podes sofrer
Prefiro acalentar uma fera de verdade
Do que acalentar-te
E prefiro ser pisado
E prefiro ser torturado
Sentir e comer e beber a dor
E prefiro tudo mulher tudo
Mas não prefiro o teu amor.
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