Não prometo nada nem a mim
Mesmo por isso me sinto no
Direito de não ser cobrado
Como não cobro de ninguém
Uma gota d'água não cobro
Pois não sei cobrar sou isento
De reclamações lamentos
Alheios bastam-me os meus
Já os acho excedentes evito-os
Até a mim mesmo se não sei
Ganhar a vida nem para mim
Como poderei prometer vida
A outrem? se não me posso
Comigo amigo o que poderia
Fazer contigo ou aos outros?
Não caio na estrada não corro
Atrás não vou à luta como um
Taumaturgo vivo à espera do
Maná vivo a ferir as rochas
Com cajados varas a ver jorrar
A água a ver brotar o leite a
Pingar o mel também quero ir
Para o céu tenho o direito ou
Não? ou já estou condenado
Pelos donos da religião? os
Nomeados pessoalmente por
Deus só não sei quem os
Nomeou quem os passou a
Procuração para cobrar de
Todos a salvação sou assim
Não prometi nem mundo nem
Fundos não assumi compromisso
Sou à beira de total falta de
Responsabilidade lavo as mãos
Os pés não queiram saber mais
De nada que também não
Estou aqui para saber dalguma
Coisa nem de coisa nenhuma
Que acaba de dar em nada
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