terça-feira, 5 de abril de 2011

Oh o silêncio que bem faz; BH, 0150302011; Publicado: BH, 050402011.

Oh o silêncio que bem que faz 
O silêncio ao coração, quando deixa
Cair orvalho, sereno, silêncio; de
Manhã, de tarde, de noite, faz sempre
Bem o silêncio que vem; quebra a
Barreira do som, ultrapassa a velocidade
Da luz e mais veloz do que nave
Espacial; oh, é o silêncio que conduz
A vida nos caminhos do vale da
Sombra e da morte; e não tem
Custo, é um preço alto que não se
Pode pagar; oh, o silêncio do útero e
Do deslizar de lágrima pela face;
Oh, o silêncio do silêncio do estômago
Vazio, das letras sem palavras e das
Palavras sem letras; oh, o silêncio do
Gesto, do que nada diz, e do que
Diz tudo, arrastar de cadeiras, estender
De tapetes, a limpeza dos pés nos carpetes;
Oh silêncio dos céus, do firmamento,
Do universo em que não existo dentro
Dele, que me faz correr das estrelas
Cadentes e me faz fugir para a linha
Do horizonte; saio para fora, fora de mim,
E é um silêncio de infinito, de um
Encontrar de galáxias; torno a sair
E é um silêncio de fundo de mar,
De abismo de oceano, de placas tectónicas
A se chocar e ao liberar energia de
Bombas atômicas silenciosamente no
Silêncio do tempo debaixo dos meus pés;
Oh, o silêncio do centro da palma da minha
Mão e das pontas dos meus cotovelos; e
Dizem que falo por eles, e eles são
Mudos, são silenciosos; oh, silêncio do
Núcleo vulcânico do meu coração, acorde,
Expila essa lava, acorde meu coração.

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