sábado, 2 de abril de 2011

Victor Hugo, Minhas Duas Filhas; BH, 020402011.

Na doce meia-luz do entardecer que tomba,
Uma semelha um cisne e a segunda uma pomba:
Uma e outra folgazãs, mimosas, quanto amor!
Vede: esta já mocinha e aquela bem menor,
Sentadas no jardim.
Bem por sobre as meninas,
Um cândido buquê de delgadas cravinas,
Plantado numa jarra e agitado com o vento,
As contempla de cima.
Estancando um momento,
Em que fremem na sombra, essas flores inquietas
Param como parasse um vôo de borboletas.

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