quarta-feira, 27 de julho de 2011

Aldeído já estudei; BH, 040701999; Publicado: BH, 0270702011.

Aldeído já estudei,
É a substância orgânica,
Líquida, muito volátil,
Obtida geralmente,
Por oxidação dos álcoois;
Aldeota já li,
Em Guerra e Paz,
De Leon Tolstoi,
A pequena aldeia,
Iasnaia Poliana,
Onde ele passava os dias,
Para meditações;
E bati com a aldraba,
A argola e peça de ferro;
A aldrava para bater às portas,
E abri-las também;
A tranqueta metálica,
Para baixar e levantar,
O ferrolho de portas e janelas;
E para não aldrabar,
Fechar e bater com aldrava,
E para não aldravar,
E nem pôr aldrava,
Estarei e a porta estará,
Sempre aberta,
Àqueles que precisam,
De um pedaço de pão;
Ao errante aleatório,
Dependente de acontecimento incerto,
Que por acaso batem à nossa porta,
Filhos do casual,
Que o destino lançou às ruas,
A vida abandonou ao léu,
Sem um cheirinho de alecrim,
Da planta odorífera,
Da família das labiadas;
Sem folha e ramo e flor desse arbusto,
Onde homens, mulheres, crianças,
Disputam restos de comidas,
Feito galos de briga,
Num bailar de alectoromaquia,
E lutam entre si,
A herança de vida ou morte.

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