terça-feira, 26 de julho de 2011

O alcoólatra inveterado; BH, 040701999; Publicado: BH, 0260702011.

O alcoólatra inveterado,
Bebe até o alcoolato, o
Líquido resultante da destilação,
Do álcool sobre uma substância aromática,
E o composto obtido pela substituição,
De hidrogênio de um álcool,
Por um metal;
Bebe tudo que é alcoólico,
Que contém e é referente ao álcool;
E o resultado é o alcoolismo,
Estado patológico, mórbido, resultante,
Do abuso de bebidas alcoólicas;
E intoxicação causada pelo álcool;
E a bebida saudável,
Que não contém álcool,
A ele só resta alcoolizar,
Misturar álcool a um líquido,
E embriagar-se até desfalecer,
Igual fiz uma vez,
Num certo lugar no Rio de Janeiro,
Depois de percorrer vários locais,
Atrás de cerveja e chopp,
E ao não encontrar nada,
Cheguei à uma pastelaria chinesa,
Pedi um caldo de cana,
E o litro de álcool emprestado,
Misturei com o caldo de cana,
E bebi sofregamente;
Só Deus sabe porque,
E não morri;
Se fosse pela lei do alcorão,
O livro sagrado dos muçulmanos,
Da religião maometana,
E já teria sido condenado à morte;
Mas fujo para minha alcova,
Enterro-me no meu quarto de dormir,
Até passar os delírios,
E curo minha ressaca,
Depois de vomitar alma, espírito e ser,
Com um pouco de alcorce,
Massa fina e alva de açúcar,
Para cobrir bolos e doces.

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