terça-feira, 26 de julho de 2011

Sinfonia do silêncio Nº1; RJ, 0290301999; Publicado: BH, 0260702011.

Todas as pálpebras de todos os seres,
A bater juntas, coordenadamente,
Como a vibração das almas na busca,
Dum sentimento só;
As pancadas das asas das borboletas,
No voo fúnebre do entardecer,
O rastejar das lesmas, os pulos das aranhas,
Os saltos das pulgas e a corrida das taruiras;
O desfile da centopeia, com todas as pernas,
A baterem dum lado só,
E ao mesmo tempo, compõem
A sinfonia do silêncio;
Que só poderemos ouvir,
Na composição da poesia,
Com o chegar da luz do dia,
O reflexo da gota de orvalho,
O recolhimento do sereno,
E a joaninha a pousar,
Nas pétalas das flores;
Que sinfonia deliciosa,
Nem o grande imortal Mozart,
Seria capaz de compor,
Tão bela sinfonia;
Não teria notas musicais suficientes,
E inda que inventasse,
E se juntasse com outros gênios,
Numa parceria de composição,
Morreriam loucos,
E não saberiam cumprir tal missão.

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