quinta-feira, 28 de julho de 2011

Maurício assombração; RJ, 0150401999; Publicado: BH, 0280702011.

Falei do Maurício,
E foi só o Maurício,
Ou a assombração dele,
Chegar diante de mim,
E falar uns impropérios,
Para eu perder todo o controle,
Sobre a situação;
Geralmente comigo é assim,
Perco-me logo,
Gaguejo e fico trêmulo;
O sangue foge de minhas veias,
E fico com as vistas turvas;
A cabeça dói rápido,
E toda a fortaleza se transforma,
Numa casa de pau-a-pique,
Construída num terreno de areia;
Toda a defesa falha,
E o sistema entra em pane,
E sai fora do ar;
E toda esta disfunção,
Tem que acabar;
E só tento falar a verdade,
Por não gostar de mentiras,
Não gostar de ilusão;
Só tento falar a verdade,
Por não gostar de falsidade;
E só não prospero,
Por não ter de prosperar;
Aceito o destino,
Conformei-me
E não quebrei as correntes,
Das cadeias que me prendem,
À minha eterna masmorra,
Xô, Maurício.

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