segunda-feira, 25 de julho de 2011

Elegia da morte; RJ, 0270301999; Publicado: BH, 0250702011.

Elegia da morte,
Seria muito triste,
Se morresse agora,
Pelo menos para mim;
Seria muito triste,
E como posso morrer,
Se inda não fiz nada,
Que um homem tem que fazer?
Não fiz ninguém feliz,
E nem sou feliz;
Afundei minha vida,
Afundei-me e afundei
As pessoas comigo;
Seria muito triste,
Se tivesse que morrer agora,
Pelo menos para mim,
Um ser não realizado,
Um ser capenga,
Manco e cego e mendigo;
Não tenho e nem possuo nada,
A família já está e vai ficar
Ao Deus dará;
Porém, se não tiver outro jeito,
E o jeito for morrer,
E tiver que morrer,
O que  posso fazer
A família dará o seu jeito,
A morte não tem cura,
Para a morte,
Não tem remédio. 

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