Ai! Onde agora está meu desdém da Fortuna?
E o peito vencedor de todo contratempo,
A honesta pretensão de uma glória imortal,
A inspiração ardente ao povo não comum?
Onde o ameno prazer que, nas sombras noturnas,
Das Musas recebia, enquanto em liberdade,
Num discreto jardim tapizado de relva,
Bailavam para mim, à doce luz da lua?
Mas, agora, a Fortuna é senhora de mim,
E o coração outrora foi senhor de si,
Escravo se tornou de queixas e tormentos.
Com as gerações que vêm não tenho mais cuidado,
Aquele ardor divino eu já não tenho mais,
E esquecidas de mim, as Musas me deixaram.
Nenhum comentário:
Postar um comentário