segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Noturno Nº 21; BH, 0130702011; Publicado: BH, 0200802012.

Cada um veio ao universo para cumprir
A sua missão quem pensa que está
Aqui em vão perceberá que enganou-se
A minha missão é para ser cumprida
Com o maior orgulho pode ser a mais
Simples irrelevante coadjuvante
Mas a desempenho como se fosse um
Bilionário muitos pedem-me explicações
Mas confesso que não sei desenvolver uma
Razão que agrade a alguém é por isto
Que sou arredio procuro lugares ermos
Donde procuro controlar outros universos
Mas não perco as oportunidades de tentar
Acertar a mosca sem fazer algazarra
Sem fazer alarde fico alerta sempre a
Espreitar o que os universais têm a me
Dizer tenho que ficar o mais alerta de
Tudo de todos pois sou o mais
Deficiente enxergo pouco escuto
Menos ainda a causar-me grande
Insegurança a qual tento superar
Supero em certos momentos conheço
Muitos que não leem o que os outros escrevem
Leio pouco gosto mais é de escrever
Fico com pena daqueles que fazem
Literatura não têm leitores não
Incomoda-me por não ter nenhuns
Na era moderna os modernos não
Perdem tempo com leituras muito
Menos com escritas desde que entendi
A minha missão abracei-a com devoção
De neófito com paixão de Dante
De Romeu de Tristão de Quasímodo sangue
Venoso que jorra do meu coração do
Gás carbônico do pulmão cedo-vos este
Arterial oxigênio da literatura universal

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