domingo, 12 de agosto de 2012

Noturno Nº 11; BH, 0100702011; Publicado: BH, 0120802012.

Como vejo vultos pelos vidros pelos espelhos a se
Esconder atrás dos nadas assustam assombram
Depois vão embora somem antes da hora na aurora
Quando voltam tem alguém que chora de medo?
As silhuetas correm das sombras crescem vultosas
As penumbras vultuosas a gerar nas trevas gelos
Que causam calafrios nos cadáveres do cadafalso
O carrasco não conhece dó quer logo excitado
Disparar o dispositivo as flores balançam agitadas
Não chamam mais a atenção as cores apagadas não
São mais reparadas cortam-se troncos broncos
Num ato hediondo amanhã seremos todos névoas
Fantasmas almas a querer corpos corpos secos
Desprezados por coveiros acabou-se o dinheiro
Não posso mais assisti-lo o plano não cobre é
Teu seguro venceu o limite de crédito agora
Estourou o que foi mandado para fora ilegal
Não poderá ser repatriado vejo os seres torpes
Das vidraças querem comunicação atenção
Fazem manifestação dizem que não vão nunca
Deixar passar um poema em vão tudo será bem
Formalizado em poesia normatizado uma forma
Atrás doutra como formação de filas em
Batalhões de quartéis raias de corridas ou de
Piscinas olímpicas quando morto mostro
Os resultados os mudos dizem escreves muito
Rápido pareces um saci a pular por isso não sai
Nada que presta mas não sou o que estou em mim
A escrever sou só um instrumento a ferramenta
Um bronze para moldar um diamante bruto raro
Para lapidar uma massa de modular de brincar
Nas mãos das crianças que querem brincadeiras
Que boa oportunidade surgiu era de noite alta
Depois madrugada escura passaste à direita
Moveste como um transparente meu ali percebi

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