Foi predito eu devia firmemente
Amar, um dia, alguém cuja figura
Me foi descrita, e sem melhor pintura,
O encontrei quando o vi primeiramente.
Depois o vendo amar tão fatalmente,
Me condoeu a sua desventura.
De tal modo forcei minha natura
Que a exemplo dele amei ardentemente.
Quem não pensou devesse florescer
O que o Céu, como o destino, fez nascer?
Mas quando vejo fúnebres aprestos,
Ventos cruéis, horrível furacão,
Creio que foram infernais arestos
Que, ao longe, urdiram minha perdição.
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