domingo, 26 de agosto de 2012

Noturno Nº 27; BH, 0170702011; Publicado: BH, 0260802012.

É noite não estou seguro de mim tremo
Temo teimo por alguma coisa que não
Sei o que é pensei em desistir voltar no
Meio do caminho mas a estrada é mal
Iluminada meus pés não têm lâmpadas
Os vaga-lumes tão úteis numa noite
Desta sumiram das histórias os
Pirilampos tão frequentes em poemas
Em poesias na alma da gente jazem
Distantes no breu das trevas agonizantes
Não tenho mais satisfação nem sensação
Como antigamente ouço perturbações
Vejo inquietações desassossegos nas
Fímbrias não é isso que quero quero o
Que está perto dentro de mim que pode
Elevar-me num pêndulo pode fazer
De mim um peso que contrabalance
Amanhã pararei a jornada não sei a
Pousada que sustentarei com os meus
Restos mortais peço para a noite que
Não seja eterna para mim mas alterne
Dia noite boa ruim nunca só nunca
Nunca só não nem nunca só sim alterne
O bem o mal a razão a desrazão serei
Normal homem humano fera regato
Cordeiro carneiro qualquer cor apto a
Ser um ser superior a ser um estilo
Que tenha estampa que tenha enredo
Determinação de quem quer sem
Ansiedade a noite toda amar sem
Angústia quando a madrugada
Chegar encontrar alicerce no dia
Na construção da catedral pedra
Sobre pedra desenho por desenho
Vitral por vitral como se fosse uma
Mariposa a voar ao redor da lua

Nenhum comentário:

Postar um comentário