Um poeta sempre arruma pretexto
Texto contexto a noite é um motivo
A mais a alegrar a alma sonâmbula
Espírito irrequieto que não concilia
Sono passa a olhar poemas saltitantes
Como saltimbancos malucos mambembes
Que fazem espetáculos ao poeta
Desperto mas não estou confortável
Neste papel incomoda-me o desconhecido
Não vislumbra-me a novidade
Almejo cura a sanidade o pleno
Reestabelecimento normal nada
Demais mas me olham com esses
Olhos que não são os meus com lupas
Aumentam meus defeitos até
Escondidos são classificados
Sem vontade ânimo pela primeira
Vez reconheço que não funciona
Um maquinismo no organismo
Falta uma peça sobressaltado
Tento corrigir o defeito com um
Efeito colateral porei fim à série
Falo sério não vejo mais motivo
Para acordar os noturnos notívagos
Os deixarei onde estão sem nenhuma
Curiosidade sumiram não os
Procurarei não quero mais encontrá-los
Em espaço ou dimensão falhei
Na missão de cadastrá-los
Exercer uma paternidade fui
Patético a porteira dormiu aberta
Acordados pela tempestade aproveitaram
O descuido voltaram às suas moradias
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