segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Noturno Nº 19; BH, 0130702011; Publicado: BH, 0200802012.

Vamos esperar uma mensagem uma luz de
Meditação alguém que bate à porta talvez
Estenda a mão mas não quer uma esmola
Não quer um pedaço de pão quer um
Caminho uma estrada um norte uma direção
Os caminhos se cruzam em bússolas são
Atalhos são desvios desencontros espera
Na encruzilhada a passagem eternizada
Que vigora na imensidão quem pede
Quer pouco qualquer muito não é nada
Quem conquista tem tudo até o nada é
Infinito vamos esperar a resposta o vento
Vem ali traz atrás de si a novidade
Luzes novas na cidade à noite a janela
Do céu é a lua que nos espia com
Seu único olho monóculo de lente
De prata não descanso enquanto durmo,
 Pois não durmo enquanto sinto sinto
Que sou útil à poesia que me procura
Bate à minha porta não importa
A hora da noite estou sempre a sentir
A hora que tem que vir abro
Portas janelas portões minha casa
Não tem cerca nem grade nem muros
Quando olho de longe não tem
Paredes também é uma casa onde
As mensagens entram são distribuídas
A quem tem desejo de dar o maior dom
É dar não tem preço que pague não há
Cifra que registre mas só os preparados
Sabem o que dizem as mensagens o quanto que
Difícil é fechar a mão para não receber
Mais difícil abrir a mão para dar
Vamos esperar sentados aqui no cimo deste
Monte a decisão em distribuir o que têm

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