sábado, 13 de outubro de 2012

Empresarial Nicolau Jeha, 8; BH, 01201002012; Publicado: BH, 01301002012.

Quando meu corpo baixar à sepultura meu
Espírito pairar sobre as águas minh'alma a
Vagar pela terra levada pelo vento como um
Pedaço de molambo um farrapo esfiapado
De fato velho ou já for um fado entristecido
Nalgum rincão do além vós letras reais vós
Palavras d'ouro vós filhos filhas da minha
Voz muda ficareis por aqui a recontar esta
Saga maldita a terra que envolverá meu
Corpo cadáver não será terra de lavoura
Fértil substanciosa será uma terra tórrida
Tostada sem seivas que asfixia as raízes as
Sementes não vingam secam ante de brotar
O ser passará a ser o que antes não era ser
As poesias esquecidas nas catacumbas os
Poemas aprisionados nas masmorras as
Elegias as que cada cemitério esconde em
Suas reentrâncias em vida não cantei uma
Ode com potência de tenor com singeleza
De aedo em vida não celebrei a alegria não
Fui uma nau triunfal um castelo no pícaro
Duma encosta a certeza que habitava meu
Coração era a de ter a tristeza por companhia
Porém tenho uma carta na manga sou um
Jogador facínora trapaceiro escondo cartas
Nas mangas desleal desonesto para ganhar
O jogo da vida quando pensam que bateram
Dou um sorriso de bandido olho de soslaio
Puxo uma de vós de preferência d'ouro
Quando notam que usei de deslealdade
Para ganhar o salão virá uma escória só
Não sabiam que sois o meu trunfo a
Resgatar a registar a minha história

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