segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Patagônia, 927, 9; BH, 0310802011; Publicado: BH, 01º01002012.

Agosto está a ir embora lentamente
Os ventos se despedem agosto
Alegremente uns gostam doutro
Parecem dois irmãos Cosme Damião
Agosto é cheio de ventos de todas as
Gerações são ventos que caem das
Montanhas dos céus são ventos que
Vêm dos organismos da terra
Trazem em seus seios silêncios
Em suas labaredas odes cósmicas
São ventos que caem das estrelas
Caem dos sóis guardam seus calores
Parou os ventos foram embora
Levam Agosto nas faldas Agosto
Passa deixa de ser um gosto
Os ventos batem em retirada
Mas não são fugitivos vão fazer
Continências noutros quartéis
Adeus Agosto saudoso até o ano
Que vem se estiver vivo
Ouvirei teus cantares cantarei
Tuas composições teus concertos
Para trompas tubas Agosto está
A ir embora deixa lá fora
Essas figuras que somos obrigados
A enxergar homens de ternos como
Se fossem maestros mulheres vestidas
De longos com vestidos estendidos
Aos ventos em nossas pálpebras
Morfeu brinca de esconde-esconde
Cerra as portas das lojas fecha as
Janelas nem pelo retrovisor
Distinguimos Agosto a sumir-se
Nas dobras dos caminhos
Nos meandros dos tempos nas escadas

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