Que noite de ventos uivantes nossa
Chegam a causar-me calafrios que
Ventos cantantes batem nos vidros
Querem me fazer vibrar os vidros tinem
Com as pancadas vindas de todas os
Lados assombram-me estes ventos
Uivantes vindos das gargantas do universo
Das entranhas da terra das cavernas
Das grutas milenares são ventos que
Abrem rochas tocam violinos tocam
Violoncelos fazem sonatas serenatas
Cantatas fanfarras hora são mil
Trombetas depois clarins clarinetas
Pistons saxofones que noite de ventos
Uivantes não me deixam dormir querem-me
Por companheiro amigo estar ao meu
Lado querem ficar comigo
Sacodem tudo de todas as
Direções sinto pena então dos
Mortos não percebem estes ventos
Acelerados que querem conversar
Imitar coiotes uivar feito lobos
Loucos que pena de quem não é
Poeta dos que não captam estas poesias
Celeradas estes poemas que até
Parecem vozes de gente sinos de
Igrejas gemidos de mulheres no ato
De amar balido de carneirinhos
Presos em moitas de espinhos que
Coisa de doido estes ventos uivantes
Estão aqui meliantes marginais
Doutras falésias de distantes
Pradarias de altos chapadões infindáveis
Câniones torrões de desfiladeiros por onde
Escoam as almas de nossos ancestrais
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