terça-feira, 9 de outubro de 2012

Tereza Mota Valadares, 190, 4; BH, 030902011; Publicado: BH, 0901002012.

Nunca tive um pseudônimo por
Ser milhares nunca ter como dar
Nome a todos que me formam é o
Que acontece ao tentar dar voz
A todas as vozes que gritam dentro
De mim quando gritam pois umas
Urram outras uivam trovoam
Chiam ecoam ressoam verdadeiras
Tempestades vendavais vulcões
Terremotos tufões como apaziguar
A confusão dentro do ser? serenar
Os mares revoltos os oceanos que
Dão pavor as ondas incontroladas
De tsunamis de epicentros de abalos
Sísmicos deslocamentos de placas
Tectônicas choques de continentes
As feras que habitam as cavernas
As locas as grutas os buracos
Como nominá-las todas? são terríveis
Incontáveis cada uma a querer a se
Manifestar mais do que a outra
Pedem-me nomes sobrenomes
Apelidos pseudônimos títulos
Já usei todos os nomes conhecidos
Desconhecidos do universo todos
Os sons silêncios idem haja
Fogo para escrever nas pedras as
Parábolas os mandamentos os
Desmandamentos da humanidade
Que acondiciono dentro de meu
Ente nunca tive um pseudônimo não
Pude não poderia ser se sou mesmo
Nunca sei a hora que sou o que
Sei dalguma coisa sempre sei que
É algum de mim que quer ser o que sou

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